são as minhas lágrimas se espalhando pela tua jaqueta jeans e dissolvendo o teu cheiro, e os gatos da tv me jogando na cara tudo o que eu não sou pra você.
é toda essa jornada de não tentar deixar de ser quem eu sempre fui pra no final te voltar a ligar e dizer que eu também te amo: com o orgulho em frangalhos e os costumes espalhados pelos cantos -
can-sa-ço.
mais as gavetas vazias e as ligações não feitas e a porra do dia 18 - toda a merda da minha vida bagunçada parando pra você mastigar minha fúria e transformar em alimento pra tua pose. tua maldita pose.
e fraca.
ridícula.
vi-o-len-ta-da.
falando que a minha voz fina era cansaço. fingindo que o meu choro era resfriado.
indo dormir com os olhos inchados, engolindo a dor e o ciúme e as lágrimas.
vi-o-len-ta-da.
catando humilde os cacos do meu orgulho e fingindo interesse nas pilhas da tua calculadora -
somente satisfeita por conseguir voltar a tentar lamber e curar sozinha as feridas.
as minhas feridas que definitivamente são tuas agora.
5 comentários:
que cada segundo que a dor vá e volte numa onda de nostalgia e arrependimento, vá e volte também aquele velho ditado 'isso também passa'.
não briguem crianças
eita... a gente sofre quando ama demais. cuidado aí...
Gosto da transferência. Não há como ser tão vítima de um homem, por tanto tempo.
Um beijo.
Se não tem violência, não é amor.
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