segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

filho de Ogum.

não faz nem 12 horas que eu fui embora da tua casa e eu já to segurando o choro enquanto encaro o caos que está minha vida e só consigo pensar que eu to com saudade com saudade com muita saudade.

tu sempre diz que eu posso ligar pra ti a qualquer hora mas toda vez que eu pego no telefone assim de madrugada, assim desesperada, eu lembro que tu vai acordar cedo e te poupo da minha bagunça emocional, pelo menos pra ir trabalhar.

e vai ter gente, pelo menos teve ultimamente, que vai chegar pra mim e dizer que homem não presta e que eu não tenho que ficar me ligando demais a namorado à beira dos 19 - e vão dizer que homem te esquece depressa, que 20 anos de casamento não é nada pra eles, que eu tenho que aproveitar a vida, viver minha juventude, que eles só vão te deixar velha, 10kg mais gorda e com filhos pra se preocupar, mas toda essa gente que diz isso, toda essa gente, sabe, acho nunca tiveram a chance de serem compreendidos pelo outro.
entende?
todas as vezes que eu chorei no teu peito, nunca precisei explicar o porquê das lágrimas.
e sempre fui abraçada.

e eu sempre achei que estava pronta pra batalha a qualquer hora, que briga era comigo mesmo. mas depois de ver a vida com o equilíbrio que você me dá, agora eu vejo que eu não sabia de nada.
então não pergunta nada e só me abraça. que a guerra agora vai ser grande e eu vou precisar da tua proteção. e amor, meu amor.

2 comentários:

Mariana Cotrim disse...

essa coisa de chorar sem explicar o porquê, e, mesmo assim, ser compreendida.. sabe.. não liga pra 'essa gente'.

Brunno Lopez disse...

Texto poderoso e escaldando sinceridade.
Melhor combinação.