sábado, 3 de março de 2012

beat.

todo o amor do mundo quando você me abre a tua porta que guarda nossos segredos e vergonhas, e amor -

pra só fechar os olhos e te ouvir contar tuas histórias e morrer de sono e de amor, pra me encolher de saudade quando o teu mistério castanho e verde não vem me apaziguar, quando a tua ordem não vem violentar meu caos e
eu podia explodir chuva escarlate nas vezes que você me olha mas eu só consigo te devotar louca e criança o meu corpo e alma e te amar até as entranhas ficarem nauseadas e começarem a se retorcer.
e elas se retorcem e eu sou cada vez mais tua, da maneira mais insuportável que existir -

todo a ternura do mundo quando eu te quero e visto meus olhos de cigana só pra te sentir perto, porque eu embrulho até o coração pra ficar decente e te entrego, agressiva e retorcida, e aguento engolir todo esse ar sem os teus carinhos só pra ser feliz inteira quando você chegar.

3 comentários:

Unknown disse...

Ah, que coisa mais linda referente ao amor! Sério, fico toda encantada quando leio essas coisas, esse lado meio selvagem e indecoroso do amor. As entranhas se revirando, o desejo, tudo!

Beijos.

Marcelo R. Rezende disse...

Porque as entregas tem que doer ao dono e serem lindas aos outros, invólucros necessários.

Almeida José disse...

Puta merda!

Estava falando pra minha namorada agora mesmo o quão chato está a blogsfera, e como não consigo mais achar blogs interessantes!

Aí eu encontrei você, putz, curti o teu blog, essa sua escrita solta, com a pegada beat, muito bom.

Como ela é difícil de ser imaginada, me dá sempre a impressão de que eu estou atrasado, de que perdi alguma coisa, isso me atiçou nesse teu post.

Feliz de ter te descoberto!

A.José

www.diarioaustral.wordpress.com