sexta-feira, 10 de junho de 2011

hipotermia de fotografia.

me diz que foi o claro dos olhos dela, o sombrio que destempera, meu calor que te altera, porque você foi indiscutivelmente meu. é sobre o desconhecido que enche essa distância, meu anjo – é sobre o infinito das nossas lembranças, está chegando a nossa estação, que que eu faço agora quando passear pelo parque só com a solidão ? solidão, meu anjo, você não esperava que qualquer um que arranque minha blusa no frio leve já de cara meus arranhões na costela.
deixa eu falar do meu amor por você, porque outras mãos me tocaram, te alimentando absoluto lá dentro de mim. deixa eu falar desse vácuo que é a saudade, que me faz apelar pra lutadores de jiu-jitsu e torcedores assíduos. deixa eu te dizer que te quero, que te espero, que te venero insatisfeita, louca com a tua ausência e sedenta de tua crua existência.

mesmo que de mentirinha, crie um coração e me deixa ser ao menos feliz só te fazendo sorrir.





well it's been a long time since 
i've seen you smile 
gambled away my fright 
till the morning lights shine 

sunday morning 
only fog on the limbs 
I called it again what do you know 
and I filled our days with cards and gin 
you're alight again, my dear.

3 comentários:

. disse...

''deixa eu falar desse vácuo que é a saudade (...) deixa eu te dizer que te quero, que te espero, que te venero insatisfeita, louca com a tua ausência e sedenta de tua crua existência.

louca, vazia de qualquer sentimento que não seja saudade. saudade, é algo tão desesperador e incosciente, que parece arrancar daqui de dentro um pedaço que nem sei se ainda existe. mas arranca. e sangra. e dói.
Li escuando essa música do Beirut, uma das minhas preferidas da banda, depois de elphant gun.
Tocou-me, sim, tocou-me mais uma vez.

Gratidões, querida Veronica

Mariana Cotrim disse...

voce consegue ser tão verdadeira que falta até o ar na gente, verônica.

Brunno Lopez disse...

Se o altruísmo fosse uma lei, o amor seria a droga mais consumida no mundo.