sábado, 19 de março de 2011

no ártico. com os macacos.

(escrito em intervalos de favorite worst nightmare e whatever people say)

há tempos que ando usando literatura pra me justificar, não tentem entender o que se acontece, não que haja problema, não que houve doença, só o egoísmo alheio que não serviu somente de motivo pra berrar versos de Chico, um não sei o que de me importar primeiro comigo, de dispensar o antigo, de acabar ruindo, sorrisos, estrelas, pérolas, aprender a refletir-se belo, corroendo tudo do peito, tudo digno de respeito, tirar desdém da felicidade alheia, pra que flores se eu tenho o nada ?, apodrecido, desinibido, incontido, atrevido, lindo foram aquelas mentiras, no fim você mastiga carinho, digere afeto e invariavelmente vira merda, todo o emaranhado de acordes, beijos, brilhos, toda esta completa merda vira é adubo pras olheiras, então, pra que alimento ? os copos ainda guardam cafés velhos, os corpos ainda precisam de remédios, as horas ainda continuam passando e os urubus rodeando, e não, ainda não superei aquele amor, só não confunda a saudade fraca dos dias de inverno com a falta do frio.

nunca falei de justiça, então renovemos o café do copo e assistamos a alegria do menino, a ruína do destino.

3 comentários:

Mariana Cotrim disse...

comecei amando já pelo título.
renova o café do copo e continua escrevendo, e não para mais. POR FAVOR.

Marcelo R. Rezende disse...

A gente sempre tenta se justificar pela literatura, e, quer saber?, sempre conseguimos.

Beijo.

Goticus Eternus disse...

Saudações linda milayd, encantado com tuas doces escritas, convido a ti para visitar e seguir o blog que administro, seria uma honra tê-la em meus aposentos. Aguardo tua visita. Bjo gótico em teu coração