minhas garras vermelhas me trazem força e lá vou eu cair no desconhecido e voltar cheia de rostos sem feições e desamores sem canções; tudo soa laranja pôr-do-sol através dessa fuga de qualquer Narciso, todos egoístas e charmosos, fazendo é meu amor se pôr, sem enterro, véu, pudor, minh'alma se veste calma e só desdenha destes telefones que nunca vão tocar.
meu outono começa adiantado e já faz meus sonhos caírem podres sob a grama seca da minha tremedeira contínua. pra não enlouquecer, eu uso de lá umas porcarias, decote, samba e laçarote, me tendo tanto que nada mais sacia essa vontade toda de mim; entrei pela porta da frente do coração e não quero mais sair, afinal.
"do lado direito da boca da moça, um leve vinco, como esses de quem apenas tem vontade de sorrir ou por alguma razão precisa esconder uma espécie de divertida amargura. mas no canto esquerdo, havia apenas dureza. ou vazio. ou nada disso, não importa." - caio f. abreu, o marinheiro.
4 comentários:
você me descobre, eu te descubro, nós nos descobrimos. só isso.
Não saia desse coração menina. lindo como sempre.
Não é tão fácil traduzir teus escritos, mas é bom sentí-los, cada linha e expressão...lindo moça!
adorei essa citação no final (:
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