terça-feira, 26 de outubro de 2010

enjoativamente rápido e cor-de-rosa, cheira a saudade.

o rádio velho faz ecoar qualquer rock'n roll antiguinho. dois dias que não te vejo e eu já começo a sentir calafrios, - minha abstinência.

coragem vira fragilidade, maturidade vira felicidade ridiculamente infantil, criatividade vira tédio, e eu nem tenho tempo de decidir se isto me incomoda.

você vem e me invade,
você vai e me enlouquece.
você vem e domina,
você vai e me bagunça.
você vem e me alegra,
você vai e me agonia.
você vem e me alivia,
você vai e me destrói.

mas talvez teu gelo só a isto te permites e, sabes, ando querendo derretê-lo; tuas mãos em mim soa tão natural, não deixarei que tu fiques impassível diante de mim, quero perturbar-te, quero apaixonar-te, quero mandar longe esta paciência desconcertante. quero sentir que tu és meu, não somente quando ficas por perto, insegurança aflige-me novamente e eu permaneço inquieta neste escuro que me abandonastes.

11:19pm, quatro dias, duas xícaras, unhas roídas, um corpo se contrai de saudade e teu nome ressoa na noite infernalmente pegajosa.

peles alvas refletindo a luz do sol,
molduras mais bonitas que quadros,
folhas nos cabelos,
um milhão de crianças contra nós
e um sorriso de dentes separados.

4 comentários:

Camila Castro disse...

"(...) você vem e me alivia,
você vai e me destrói."
Adorei!

Luiza Fritzen disse...

quanta dominação, saudade que sobra para dar e vender. quanta urgência. adorei o post. beijos

Rívea disse...

Por que o amor é feito de urgências .. . Muito bom o seu texto, puro sentimento, paixão, saudade, cheio de urgências . ..

Bom domingo,
,)

meus instantes e momentos disse...

ótimo texto. muito bom descobrir teu blog.
Maurizio