eu fecho os olhos e o mar se revira em mim, de ressaca.
o cansaço e a saudade uivando fazem eu me agitar transbordar inteira na minha angústia por esses dias. com vontade de arrebentar as barreiras do teu amor discreto e invadir todos os teus cantos que você não me mostrou.
sobre os maremotos presos na gaiola do meu peito, sem explicações, sem desculpas nem jeito. sem culpas e inteiro, meu bem.
sobre meus dias de fim de semestre, capitalismo dependente e mercúrio em peixes, meus dias de inquietações e águas escuras, que eu sempre peço pra que fujam nem olhem pela fechadura, pra que a destruição seja só dentro e sem abertura.
por favor.
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