não me sacralize nem me elogie porque o café e a fumaça e os prazos e o cansaço é tudo um azedo parado e pesado: qualquer tipo de responsabilidade não vai me tornar livre ou afável. 
e tudo envolve esforço. 
não que seja incômodo. 
mas é que remexer e refletir sobre tudo é às vezes só tão exaustivo. 
tanta dúvida e tanto peso que existir parece ser só um afundar. 
mas eu vou resolver que meus tremores são de alívio. 
e que mesmo cansada, prossigo. 
porque não existe nada em mim que eu não tenha conhecimento, mesmo as coisas não ditas. lucidez não é sinônimo de tranquilidade e eu nunca quis que minhas águas fossem calmas. 
não me afogo. 
cresço e prossigo.
 
 
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