quinta-feira, 23 de junho de 2011

santo sol.

ouvi teus disparates através do vento, me largaste no desalento de braços quentes, solta de tuas cordas verdes, descrente da tua ética avessa a hermética do meu amor.
o nome dele é saudade, teu cheiro é idade das minhas lágrimas pontudas de desconfiança, o carinho que me avança é carregado de afeto de canil, vontade lindamente hostil que me desdobra por voltas afora, correndo aflita desse carinho que agita o medo concreto que teu humor discreto aflora quando foi-te embora.
o café gelado me ampara sob o teu olhar que em minha mente indaga por onde anda minhas preocupações outrora derramadas, agora espalhadas entre tapas e aviões no céu azul da praça, trazendo minha desgraça, que te esquece na lama e inevitavelmente enfim, o faz emergir em minha cama.

me desculpa. mas talvez não seja só mais outra paixão avulsa.



a chuva já passou por aqui
eu mesma que cuidei de secar
quem foi que te ensinou a rezar?
que santo vai brigar por você?
que povo aprova o que você fez?
devolve aquela minha TV
que eu vou de vez.

3 comentários:

Mariana Cotrim disse...

promete que nunca vai parar de fazer isso comigo? por favor! ♥

Marcelo R. Rezende disse...

será a verdade batendo em sua porta?

. disse...

''o nome dele é saudade, teu cheiro é idade das minhas lágrimas pontudas de desconfiança,''

O nome dele tem haver com amor, por que ele não sai da minha cabeça cansada e dos meus olhos pardos.
Qual o nome dele? Nem eu sei dizer, desde que me perdi na ausência de idetidade particular que ele tinha.

Acho que isso vai me render um texto, culpa tua, que sempre me inspira, já será o segundo texto meu que veio a tona em um texto teu!
Te admiro demais minha poeta!