segunda-feira, 4 de abril de 2011

your fingerprints.

voltar pra casa dói porque as feridas que escondi a noite toda aumentam e ardem e afundam e me assustam, então só me diz, por favor, receita que cure essa fraqueza toda que me toma. porque eu não estou sabendo onde esconder toda essa vontade de vomitar um turbilhão de lágrimas toda vez que falam das maçãs vermelhas. 
só me diz, por favor, como se explode de amor, como se apaga o rubor, silencioso, que ainda permanece ao redor desses meus olhos que tanto presenciaram os toques frios. os impulsos ardidos. os gritos que eu não mais pronuncio.

o orgulho impregnou na carne. 
a doença só concentra o conhaque. 

então só não me fale sobre luz dentro do peito de manhã cedinho; porque o que machuca talvez seja meu próprio espinho que eu tanto cultivei pra prazer do descaminho disfarçado de carinho.

3 comentários:

Mariana Cotrim disse...

e essas rimas que me matam? :(

Fil. disse...

Cultivar espinhos... É bem aquele erro.

Fez-me lembrar do pequeno conto de Oscar Wilde "The Nightingale and the Rose"

*-*

linda <3

Raphaela Barreto disse...

Muuito liinds o seu texto. Adoro passar aq e ler eles.

Sorry ter dado uma sumida ando meio sem tempo.