(pra ser lido ao som de Young Folks - Peter Bjorn & John: pra sempre me lembrar de 2009 e das coisas que eu vi e que, por um momento, eu só meio que esqueci.)
e não,
eu nunca fui santa,
nunca vali o chão que pisei:
e você também não -
e agora
eu só adubei o peito,
recolhi as tremedeiras,
desentortei meu beijo,
parei com as bebedeiras -
descolori meus floreios,
te segredei meus arquejos:
tomei vergonha na cara só pra te ser boa o bastante,
esqueci do teu veneno e me entreguei ofegante, veja bem.
eu to com os olhos escorrendo melancolia e
o peito cheio de amor -
eu arrumei a caligrafia,
me esqueci no teu charme de escritor:
então não me machuca,
não tente me controlar,
só segura minha nuca,
não faz a sujeira transbordar -
não faz eu lembrar dos teus defeitos,
não me faz criar despeito.
vê que eu te amo, antes de qualquer coisa.
e que te atingir, pelo motivo que seja,
só adianta pra dor vir de bandeja.
2 comentários:
E que por favor seja recíproco.
Magnífico, como tudo que tu escreve.
Agente lê tão rápido e entende tão bem que falta o ar.
Entender nem sempre é preciso, raciocínio não são pra seres entregues a textos, precisa-se sentir.
sinto tuas palavras, e elas me sentem, me revelam.
Saudades.
Beijos, querida escritora.
EU AMO voce poeta! Adoro seu amor escancarado, sem pudor e escorrendo intensidade...
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