não culpemos a esperança por se tornar amarga e obscena.
feito noticiário de rádio no volume baixo a vida segue, enquanto a chuva entristece e os óculos sem lentes pousam na ponta do nariz entediado.
as memórias pesam, os olhos esperam e as pernas se recuperam, tudo tão somente num estupor ocre e vagabundo, consolado por unhas compridas e versos cantados, preenchido por sutiãs úmidos de vodka, gemidos escarlates e bico dos seios que não mais se eriçam como antes.
quartos de hotel
rá, alguém que se perdeu
se você perguntar o que eu fiz
se você quer saber o que eu quis
ah, o tempo passa e eu penso demais
pra dizer ao vento que me satisfaz
tanto faz
rá, alguém que se perdeu
se você perguntar o que eu fiz
se você quer saber o que eu quis
ah, o tempo passa e eu penso demais
pra dizer ao vento que me satisfaz
tanto faz
o tempo passa e eu penso demais
pode ser que eu tenha te deixado pra trás
pode ser que eu tenha te deixado pra trás
e eu sigo
e eu minto
e eu sinto. ♪
e eu minto
e eu sinto. ♪
4 comentários:
muuuuuuuuuuito bom!
ciclos viciosos sao assim.
E depois vem dizer que o que eu escrevo é foda. aiai.
ps. esse comentário acima excluído fui eu que comentei pelo blog do boy, sem querer :x abafa!
beijo.
acho que foi o que eu mais gostei até hoje!
Sempre que volto aqui me deparo com linhas muito bem escritas e a criatividade e autencidade em alto nível! Parabéns moça!
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